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CEALAG E UNESCO DESENVOLVEM ESTUDO DE SOBREVIDA E MORTALIDADE DE PACIENTES COM AIDS NO BRASIL


No início de 2016, o CEALAG iniciou um estudo, financiado pela UNESCO, com apoio do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, de sobrevida e mortalidade de pacientes com AIDS no Brasil, com o objetivo de estimar a taxa de mortalidade e sobrevida de adultos e crianças de acordo com os fatores demográficos, clínicos, epidemiológicos e laboratoriais.

A metodologia adotada foi de utilizar os bancos de dados existentes no país, quais sejam o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o Sistema de Controle de Medicamentos (Siclom), o Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (Siscel) e o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) cruzá-los para criar uma grande base de casos de AIDS, diagnosticados no período de 2003 a 2007. Com o uso da técnica informatizada denominada de mineração de dados, foi possível identificar os registros referentes ao mesmo indivíduo que estava presente tanto no banco de óbito, como no banco de casos de aids, de logística de medicamentos e de exames de laboratório.

Esta proposta de cruzamento de grandes bancos de dados baseou-se em método determinístico (e não probabilístico), relacionando todos os fatores e aspectos de um único paciente, evitando duplicidades. Em casos de dúvidas, estes passaram por uma análise individual contendo informações adicionais.

Para a análise dos índices de mortalidade, será utilizado o SIM, incluindo todos os óbitos, independentemente da causa básica da morte, no período de 2003 a 2014.

Após todo o trabalho com os bancos, concluiu-se que foram diagnosticados como aids, no período de estudo, 166.230 adultos, ou seja, pessoas com 13 anos ou mais, sendo 61,6% homens, 55,5% brancos, 57,7% com escolaridade até 8 anos e 51,7% da região sudeste. Deste total de adultos, 60,3% estavam vivos em 2014.

As crianças com menos de 13 anos de idade diagnosticadas como aids, de 2003 a 2007, foram 3.983, apresentando proporções semelhantes quanto ao sexo. Em relação à faixa etária, 45,5% delas possuíam de 1 a 5 anos de idade;  51,4% da raça branca, e 42,7% do sudeste. Das 3983 crianças, 75% encontravam-se vivos no final de 2014.

Ainda estão sendo elaboradas as análises de sobrevida e as taxas de mortalidade por aids e por outras causas tanto em adultos e crianças com aids.

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