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ESTUDO DO DIAGNÓSTICO DAS ATIVIDADES LABORATORIAIS DO PROGRAMA TUBERCULOSE


Considerada uma doença infecciosa, a tuberculose quase sempre é transmitida pelas vias aéreas, tornando-se uma doença de expressiva magnitude. Em 2007, foram confirmados 9,7 milhões de novos casos da doença no mundo, sendo 95% encontrados em países em desenvolvimento. Apesar das tentativas, o controle da doença tem sido um desafio, acrescido agora pelos casos multirresistentes e extensivamente resistentes às drogas.

No Brasil, a tuberculose é a 4ª causa de mortes por doenças infecciosas e a 1º causa de morte de pacientes com AIDS, apenas em 2007, foram notificados 72.149 novos casos, colocando o país na 18ª posição, em relação ao número de casos, no ranking da Organização Mundial da Saúde (OMS). Acredita-se, que essa alta incidência da doença se deve a demora no diagnóstico. Entre os 9.181 casos novos bacilíferos que ocorreram em 2005, a informação sobre o tempo de demora entre os primeiros sintomas e o início do tratamento foi registrada em 6.624 (72% dos casos notificados).

Preocupados com esta situação, em 31 de dezembro de 2007, o CEALAG em parceria com o Ministério da Saúde deu início a um estudo que teve como objetivo medir os tempos de demora entre a solicitação e a entrega dos resultados, além do início do tratamento dos exames bacteriológicos da tuberculose no país, em cinco grandes capitais brasileiras.

Realizado entre agosto de 2008 a julho de 2009, o estudo foi aplicado em Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, onde foram selecionadas amostras representativas de laboratórios de referência dessas cinco capitais que fazem os exames de baciloscopia e cultura para microbactérias.  Posteriormente, foi realizada uma amostra representativa e probabilística dos laboratórios envolvidos, onde foram colocados em ordem de produção (do maior para o menor) e feito um sorteio aleatório dos mesmos, as unidades atendidas por eles foram escolhidas da mesma maneira, ou seja, foram listadas de acordo com o número de baciloscopias realizadas em ordem decrescente e escolhidas também aleatoriamente.

Após a fase da amostragem, foram escolhidos os coordenadores locais da pesquisa, que foram capacitados para a aplicação dos instrumentos criados. Vale a pena salientar, que o estudo foi iniciado em tempos diferentes em cada capital devido a questões operacionais locais.

Ao todo, foram recolhidas 4.729 amostras de escarro e encaminhadas para 32 laboratórios que realizaram o exame de baciloscopia e/ou cultura no município. O resultado da análise indicou que a capital Paulista apresentou o menor tempo de demora enquanto Fortaleza o maior. Outro ponto importante mostrou que o número de amostras positivas de São Paulo foi o menor entre as capitais, apresentando um intervalo de confiança maior, enquanto que em Manaus, com um tempo médio semelhante a São Paulo e tendo um maior número de casos, teve um intervalo de confiança menor.

Finalizado em 13 de setembro de 2009, o projeto foi considerado um sucesso e contou com a coordenação da Prof.ª Maria Josefa Penon Rujula.  

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