);

PROJETO DE APOIO INSTITUCIONAL AO CRT-AIDS


O Centro de Referência e Treinamento (CRT) coordena o Programa Estadual de DST/AIDS em São Paulo e ao mesmo tempo configura-se num serviço de atendimento aos usuários do SUS/SP, sendo referência para o tratamento de DST/AIDS e para o treinamento de Serviços de Atendimento Especializados (SAE) que estão distribuídos no território estadual. Atualmente, o ambulatório do CRT conta com 32 equipes de referência, compostas por médicos infectologistas, psicólogos e assistentes sociais, da qual são responsáveis por cerca de 6.000 pacientes.

Dentre os objetivos do CRT estão: I) elaborar e implantar normas relativas às DST/AIDS, no âmbito do SUS/SP; II) elaborar propostas de prevenção; prestar assistência médico-hospitalar, ambulatorial e domiciliar a pacientes com DST/AIDS; III) propor e executar ações de vigilância epidemiológica e controle das DST/AIDS; IV) desenvolver programas de formação, treinamento e aperfeiçoamento, e; V) promover o intercâmbio técnico-científico com outras instituições nacionais e internacionais.

Para dar conta desse desafio, foi dado início o Projeto de Apoio Institucional resultado de uma importante parceria entre o CRT DST/AIDS-SP, Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciência Médicas da Santa Casa de São Paulo (CEALAG), Unicamp e Janssen, divisão farmacêutica do grupo Johnson & Johnson.

Iniciado em 01 de agosto de 2015, o projeto teve como objetivo colaborar na implementação de mudanças nos processos de Gestão Participativa e Cogestão, trabalho de Clínica Ampliada, Equipes de Referência e Unidades de Produção da Atenção em Saúde e na elaboração de planos de ação referentes ao planejamento estratégico no Centro de Referência e Treinamento.

Foi pactuado junto ao Grupo Gestor do Projeto iniciar o programa de apoio institucional em três núcleos do CRT: Ambulatório, Internação e Atendimento extra (AE). O trabalho foi estruturado com base em encontros, oficinas e seminários temáticos utilizando metodologia participativa e colaborativa com foco de sensibilizar e capacitar todos os gestores, além de conseguir arranjos institucionais que pudessem fortalecer e viabilizar o processo de Gestão Participativa, Clínica Ampliada, Projetos Terapêuticos Singulares (PTS) focados na melhoria do tratamento, adesão dos pacientes e outros temas associados à integralidade.

Com a participação de profissionais do CRT, incluindo gerentes e diretores dos núcleos assistenciais (Assistência Integrada à Saúde e da Gerência do apoio Técnico) dos três núcleos prioritários foram elaborados planos de ação tendo como base o plano estratégico do CRT e o referencial da clínica ampliada. A partir desses planos foram realizadas consultorias específicas, da qual surgiram resultados significativos.

Inicialmente houve a criação de um fluxo para internação, com clareza dos processos e articulação entre os envolvidos, incluído rediscussão de critérios de inclusão e exclusão de pacientes.

Junto à equipe do Atendimento Extra (AE) foi aplicada uma rodada de Design Sprint (método que visa de forma rápida elencar soluções para serviços centrados nos usuários) que proporcionou uma melhora no fluxo de atendimento, reposicionando o AE para os usuários e para o próprio CRT.

Em relação ao ambulatório, foi proposto o trabalho com as duas populações-alvo, com o intuído de construir planos de ações destinados à melhoria da adesão de serviços: pessoas vinculadas exclusivamente ao AE e a busca ativa dos usuários faltosos.

Durante o desenvolvimento do projeto “Apoio a Clínica Ampliada, Gestão Participativa e Adesão no CRT- AIDS”, à medida que eram propostas intervenções para o aperfeiçoamento dos processos assistenciais e para a atuação multiprofissional, ficou firmado o interesse em elaborar um Manual com recomendações de boas práticas voltadas para a adesão e retenção dos usuários ao acompanhamento ambulatorial.

Construído de modo participativo e baseado em experiências concretas do próprio CRT, nasce o Manual de Boas Práticas em adesão e retenção de usuários em serviços ambulatorial para PVHA. Este documento apresenta diretrizes que podem alinhar o trabalho das equipes que compõem o CRT, além de orientar a organização dos processos de trabalho em outros serviços (SAE) no Estado.

O Manual tem como seu objetivo principal desenvolver o debate de alguns aspectos relativos à assistência ambulatorial dos usuários, além de propiciar a efetivação de estratégias voltadas para o cuidado integral e a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV e Aids.

Finalizado em junho de 2018, o projeto teve como coordenador o prof. Manoel Carlos Sampaio de Almeida Ribeiro, Psicóloga Mônica Martins de Oliveira e da consultora Sabrina Lima e Souza.

Cadastre-se e receba nossas novidades