);

Percepções dos pais em relação aos eventos adversos após a imunização com vacinas de células inteiras no Brasil


Reconhecido internacionalmente por seu amplo calendário de vacinação, o Programa Nacional de Imunização (PNI) vem enfrentando, desde 2016, uma redução preocupante em sua cobertura vacinal, com taxas apresentando quedas de 10 e 20 pontos percentuais. Esses números acompanham outro dado preocupante, o aumento da mortalidade infantil e materna. E apesar de não ser possível estabelecer uma relação entre ambos, é inevitável negar que os eventos ocorrem simultaneamente.

A justificativa para esse declínio é multifacetado, onde incluem questões econômicas, políticas, sociais e administrativas associadas à vacinação. Outra questão importante é a onda de notícias falsas, as fake news, sobre as vacinas, fazendo com que a população acredite na ineficácia da vacinação.

É importante dizer que o PNI prioriza as vacinas de células inteiras contra coqueluche para crianças. Essas vacinas estão ligadas a uma taxa elevada de reatogenicidade em comparação às vacinas acelulares contra coqueluche e outras vacinas infantis de rotina. Nesse caso, a queda na cobertura vacinal, pode estar ligada diretamente a reatogenicidade dessas vacinas, influenciando a aceitação e satisfação dos pais.

Sendo assim, o Centro de Estudos Leopoldo Ayrosa Galvão (CEALAG) deu inicio ao projeto “Percepções dos pais em relação a eventos adversos após a imunização com vacinas de células inteiras no Brasil”, com o objetivo de descrever as percepções dos pais sobre as reações adversas de vacinas de células inteiras (penta e DPT) e o impacto dos eventos adversos nas vacinações futuras.

Tendo como público alvo pais de crianças menores de dois anos vacinadas com a vacina DTP, o estudo será realizado em serviços de vacinação das Unidades Públicas de Saúde da cidade de São Paulo. Os pais ou responsáveis serão convidados a participar do estudo quando levarem a criança para suas consultas regulares. Ao todo, pretende-se entrevistar 1.266 pais.

Iniciado em 21 de julho de 2021, o estudo conta com a coordenação do Prof. Dr José Cassio de Morais e da Prof.a. Maria Josefa Penon Rujula.

Cadastre-se e receba nossas novidades