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CEALAG E INSTITUTO SABIN DESENVOLVEM PROJETO CONTRA O VÍRUS DA DENGUE


Desde a década de 1980 o número de casos de dengue registrados nas Américas vem aumentando consideravelmente. No Brasil, entre 2013 e 2015 foram registrados mais de 1,5 milhão de prováveis casos da doença. Para tentar solucionar este problema, a Sanofi Pasteur licenciou em 2015 a primeira vacina certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil para combater o vírus.

Por sua vez, o CTAI (Comitê Técnico Assessor de Imunização), órgão pertencente ao Ministério da Saúde, solicitou estudos minuciosos com intuito de estabelecer critérios e definir qual parte da população seria o público alvo para testar a eficiência dos resultados da vacina.

Esta pesquisa, iniciada em outubro de 2017, segue em andamento. Inclusive, disponibilizou treinamento para todos os pesquisadores, bem como 10 tabletes e todo material necessário para a coleta de dados. A conclusão está prevista para outubro de 2019 e o financiamento é provindo de um termo de cooperação entre CEALAG e o Sabin Institute.

A vacina que recebeu o nome de Dengvaxia e está sendo produzida pela empresa Sanofi Pasteur. Sua comercialização iniciou-se efetivamente no segundo semestre de 2016, com esquema de três doses com intervalos de seis meses entre cada dose. Entretanto, a vacina não é produzida em grande escala e pelo seu custo torna-se assim, necessário estabelecer grupos e/ou regiões prioritárias, além de uma avaliação do impacto e efeitos colaterais da Dengvaxia.

O estado do Paraná saiu na frente dos demais e adquiriu em 2016 a vacina como uma de suas principais ferramentas no combate ao vírus. Sendo assim, a Dengvaxia foi aplicada sob a forma de campanha em 30 munícipios paranaenses escolhidos a partir dos riscos epidemiológicos.

Após adotar a vacina e seguindo as recomendações da CTAI/MS, foi dado o início aos estudos na região para uma avaliação da efetividade. Os resultados das pesquisas junto aos estudos de impacto da vacina na proliferação da doença serão fundamentais para as medidas de distribuição em locais de altos índices de epidemia.

Quatro municípios do estado do Paraná receberão atenção especial à pesquisa: Maringá, Foz do Iguaçu, Londrina  e Paranaguá. O porte médio e o histórico de ocorrências da dengue nesses locais foram os motivos da escolha destas regiões. Os três primeiros apresentam desde os anos 1990 casos da doença, enquanto no munícipio de Paranaguá a ocorrências é mais recente.

O projeto está sendo coordenado pelo doutor José Cássio de Morais.

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