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CEALAG DESENVOLVEU INQUÉRITO DE COBERTURA VACINAL EM TODAS AS CAPITAIS E DF DO BRASIL


Com um desempenho fundamental no controle de importantes doenças imunopreveníveis, o Programa Nacional de Imunização atinge altas taxas de cobertura vacinal em todo território nacional. Com isso, surgiu a necessidade de se aprimorar as estratégias de avaliação do programa, tanto na mensuração e no entendimento das desigualdades sociais à cobertura vacinal, quanto na busca de indicadores mais precisos.

Pensando nisso, o Ministério da Saúde encomendou ao CEALAG, em 2007, um inquérito com o objetivo avaliar a cobertura vacinal (BCG, Pólio, DTP, sarampo, tríplice viral, haemophilus influenzae, hepatite B e o primeiro reforço para DPT e Pólio) na população de crianças nascidas em 2005 e residentes nas regiões metropolitanas das 26 capitais e no Distrito Federal do país. É importante destacar que o inquérito avaliou a cobertura vacinal em 5 estratos socioeconômicas, permitindo uma análise mais detalhada.

Foram realizados inquéritos epidemiológicos domiciliares por amostragem, sempre procurando identificar crianças que pertencessem a uma coorte formada por nascidos em 2005. Após um primeiro contato, uma entrevista estruturada, abordando questões relativas as vacinas das crianças e às condições financeiras da família foram respondidas por um informante.

Para a formação de uma amostra probabilística e representativa das crianças residentes nas áreas de cada inquérito, foram necessários o uso de mapas (disponibilizados pelo IBGE) dos setores censitários e suas respectivas populações para cada uma das capitais, além de classifica-los em cinco camadas socioeconômicas com base na renda e escolaridade dos chefes de família. Houve também, agrupamentos dos setores em cada estrato, formando conjuntos com no mínimo 56 crianças com idade inferior a quatro anos.

Das 20.370 entrevistas previstas, 17.749 foram realizadas (87%). A principal razão da não realização das entrevistas foi a não localização das crianças nos conglomerados sorteados. Com 97% das entrevistas realizadas, a região Norte foi a que teve o melhor desempenho. Em contrapartida, a sudeste mostrou a pior, sendo que o município de Vitória realizou 2/3 das entrevistas previstas.

Finalizado em abril de 2009, o estudo indicou que na maioria das capitais não houve variação da cobertura vacinal em relação as condições socioeconômicas, apontando uma universalidade de acesso ao Programa Nacional de Imunização. Quando analisadas individualmente, as coberturas vacinais encontram-se acima de 90%.

Em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Florianópolis e Recife o estrato A de melhor condição de vida indicou coberturas menores para vacinas especificas. É importante ressaltar que Macapá e Campo Grande apresentaram números inferiores a 90%, necessitando de uma atenção especial do Ministério da Saúde.

O projeto denominado como “Inquérito de Cobertura Vacinal nas Regiões Metropolitanas e Capitais do Brasil” teve como coordenador o Dr. José Cássio de Morais e os resultados estão disponíveis no site da SVS do MS e neste, clicando aqui.

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