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Neste mês de agosto comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Instituída no ano de 1986, a data comemorada no dia 29, tem como intuito a conscientização e a mobilização da população sobre os riscos e malefícios decorrentes do uso do cigarro.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima-se que 40% da população mundial adulta, isto é, 2,8 bilhões de pessoas sejam fumantes, destas, 38 milhões são brasileiros, colocando o tabagismo como a principal causa de morte evitável no mundo. Estudos recentes apontam que, anualmente, ocorre cerca de 4,9 milhões de mortes no mundo em decorrência do fumo, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Apenas no Brasil, estima-se que 200 mil pessoas morram ao ano.
Caso esses números de expansão do consumo de fumantes sejam mantidos, calcula-se que por volta do ano 2030 a mortalidade mundial anual chegará a 10 milhões, sendo que, metade delas serão em indivíduos com idade entre 35 e 69 anos.
Contendo mais de 4.500 substâncias maléficas ao organismo em um único cigarro, a nicotina surge como a mais famosa. Esta substância interage diretamente com receptores neurais, que liberam substâncias como a dopamina, acetilcolina, serotonina e betaendorfina, conferindo uma sensação de prazer imediata, tornando-se mais viciante que drogas como crack, cocaína, morfina e o álcool.
Além da dependência, o cigarro contém cerca de cinquenta substancias cancerígenas, que estão ligadas diretamente aos 90% dos casos de câncer de pulmão no país. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o país soma 28.220 novos casos de tumores pulmonares ao ano. Além do câncer, o uso excessivo do cigarro pode desencadear mais de cinquenta tipos de enfermidades, entre elas: doenças coronarianas, má circulação sanguínea, enfisema pulmonar, tromboangeíte obliterante, bronquite crônica, derrames cerebrais, úlceras, osteoporose, impotência e catarata.
É importante destacar que desde o final de 1980, o Ministério da Saúde por meio do INCA, em parceria com o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNTC) desenvolvem a promoção da saúde, a gestão e a governança do controle do tabagismo no país, com o objetivo de reduzir a prevalência de fumantes e consequentemente a morbimortalidade relacionada ao consumo de cigarros.