Page 11 - Manual Prevenção
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finalidade de estudo, trabalho ou lazer. Esse trabalho prevê o estabelecimento de uma rede
de equipamentos e serviços do próprio território que possa atender às demandas dessas
populações, proporcionando e/ou ampliando seu acesso as ações de prevenção às IST/Aids.
Sabendo-se que as outras IST são portas de entrada para o HIV, uma estratégia
importante de prevenção é o tratamento das mesmas. Para que os serviços pudessem se
preparar para este atendimento capacitou-se profissionais de todo o Estado no manejo das
IST por fluxograma (abordagem sindrômica), que consiste na utilização imediata de uma
gama de medicamentos que possa cobrir as possibilidades diagnósticas diante de uma
série de sinais e sintomas, oportunizando o tratamento das IST na primeira abordagem
do indivíduo com a queixa.
As primeiras formas de uso dos antirretrovirais (ARV) enquanto tecnologia de
prevenção foram as profilaxias pós exposição (PEP) para acidentes de trabalho com
materiais perfuro cortantes (acidentes biológicos) e para violência sexual, na tentativa
de impedir a replicação viral e a infecção pelo HIV dos profissionais acidentados ou das
vítimas de violência.
O tratamento com ARV das gestantes HIV positivas e de seus bebês até a sexta
semana de vida, aliada a recomendação de não amamentar, mostrou-se uma medida
eficaz para reduzir drasticamente a transmissão vertical do HIV.
Com o passar do tempo novas estratégias foram incorporadas ao rol de possibilidades
de prevenção para além dos preservativos, e surgiu a necessidade da incorporação dessas
para avançar na prevenção da transmissão sexual do HIV.
Uma das primeiras ações nesse sentido foi a proposição de acordos entre casais que
se consideram estáveis, que pressupõe que ambos realizem o teste para detecção do HIV
após pelo menos 3 meses de parceria sexual exclusiva, considerando a janela imunológica,
e se ambos forem negativos podem abandonar o uso do preservativo entre o casal, e se
comprometer a usá-lo caso tenham relações extraconjugais. Outro acordo seria usá-lo só
nas relações anais, que tem maior risco para adquirir IST e não nas relações vaginais e orais.
Obviamente esses acordos só são possíveis em situações em que o casal tem um bom diálogo.
O teste do HIV passou a ter uma utilidade além do diagnóstico e começou a ser
usado como ferramenta de prevenção. A partir do conhecimento de seu status sorológico
para o HIV o indivíduo escolhe parceiros e propõe acordos.
Nos últimos anos houve um avanço considerável nos métodos de prevenção
biomédica e iniciaram-se diversos estudos em torno da circuncisão masculina, do gel
virucida, da Profilaxia Pré Exposição (PReP), Profilaxia Pós Exposição Sexual (PEP Sexual),
e o tratamento ARV (TcP) com finalidade de prevenção, as duas últimas já políticas públicas
instituídas oficialmente no Brasil.
Passou-se a discussão da Prevenção Combinada que consiste em utilizar um ou
mais métodos de prevenção dependendo do tipo de relação, do parceiro e do momento
de vida de cada indivíduo.
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